Amor

Não existe sentimento mais sublime que o amor, não existe mesmo. O amor é tão completo por si só que engloba vários outros sentimentos e virtudes, porém ao mesmo tempo que engloba diversas virtudes, é sozinho e se completa por si só, até mesmo o verbo amar é intrasitivo. Se me permitem, citarei um trecho de uma das poesias que eu mais gosto de todo o universo modernista:

"Amor é dado de graça,é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo..."
As sem-razões do amor de Carlos Drummond.

"Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim". Quando gostamos do outro, deixamos o nosso eu de lado e passamos a nos importar somente com o próximo, parece que os nossos interesses chegam ao prazo de validade e compramos os interesses da pessoa amada. O amor é remédio anestésico, quando amamos não sentimos dor, quando amamos vemos o mundo mais colorido, nosso humor melhora, as coisas parecem ter solução, o inexorável parece distante, o perdão parece fácil, a mentira parece insignificante e o coração parece pequeno, para tanto amor.

Somos feitos de amor e não temos outra opção senão a de semear o amor e colher o afeto, talvez, até tenhamos outra opção, mas essa é a mais válida que nos permitirá encontrar a luz do paraíso, quem sabe um dia. Ame uma pessoa, ame objetos, ame animais, ame a natureza, ame amar!